[Flash] The Company of Myself
Ah, flash games! Sempre subestimados, tidos como apenas um passatempo
para fugir do tédio. Mas, assim como os indie
games, a partir deles é que muitos desenvolvedores podem liberar sua
criatividade e imaginar os títulos mais curiosos possíveis. Não só
isso, mas muitos artistas usam do seu fácil acesso e simplicidade
para passar mensagens e fazer coisas menos comerciais, por assim
dizer. Porém, muitos desses art games
focam muito na experiência e pouco na jogabilidade, sendo
praticamente vídeos interativos. Esse não é o caso de The
Company of Myself, jogo
de plataforma bem
interessante e sensível.
The Company of Myself fala
sobre um homem que vive como um eremita, sozinho e sem ter a
necessidade de outras pessoas. À
medida que vamos jogando, frases em primeira pessoa surgem na tela e
vão explicando mais esse misterioso personagem, contando seus
pensamentos e o porquê dele ser assim.
A jogabilidade é aparentemente
típica de um jogo desse gênero: seu objetivo é guiar o personagem
até uma porta verde localizada no outro lado da tela, sendo 20 no
total. O diferencial do jogo
está no que deve ser feito para alcançar a porta verde. Apertando a
tecla espaço, seu personagem volta ao local original mas acompanhado
de uma sombra que refaz tudo que ele tinha feito anteriormente. Essas
sombras podem ser utilizadas como superfícies para alcançar pontos
mais distantes, usar alavancas, atravessar portais e etc. Ou seja,
você terá que usar da imaginação para realizar todos os
movimentos a serem repetidos pelas sombras.
A parte
artística do jogo está no seu enredo, bem profundo e inesperado. Se
você é um introvertido (assim como eu), é muito provável que você
sinta alguma conexão com o game (ou, pelo menos, com sua parte
inicial). Afinal, a natureza da própria introspecção é algo que
instiga quem sente isso. Porém, esse diálogo é um tanto perdido
próximo ao final do jogo. Não que ele seja ruim, só que ele busca
uma justificativa para a solidão do protagonista que vai além da
própria personalidade. Não posso comentar muito por causa dos
spoilers, mas o final
ainda foi satisfatório, bem psicológico e mind fuck.
Se você quer algo para passar o
tempo, mas sem deixar de ter profundidade, The Company of
Myself é uma boa escolha com
sua jogabilidade criativa e seu enredo instigante. Você pode jogá-lo
aqui.
Parece muito legal, cara, vou dar uma conferida XD
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