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Fantasy Dreamers: The Tale (Prólogo)

O Início de uma grande Fantasya


Houve um tempo em que a grande terra conhecida como Fantasya era uma vasta terra árida e sem vida, terríveis criaturas eram os únicos seres que habitavam aquela terra inóspita... Até que um dia, das terras que ficam além do mar, chegou um navio e dele desembarcou um mago chamado Legandor e junto com ele os seus aprendizes: Avonlea, Neiva, Rytsdea, Warfoe, Zox, Louf, Lorfet, Gruko e Shadow Moon. Legandor era, além de um mago muito poderoso, um guerreiro muito habilidoso, amado por seus aprendizes, que o viam como um pai e logo, utilizando o máximo das suas habilidades transformou Fantasya em um lugar transbordante de vida, a vegetação tomou conta das planícies e das montanhas, dos vales e das campinas. Com a ajuda dos seus aprendizes, Legandor derrotou muitas das criaturas, baniu algumas outras e logo, mais pessoas começaram a chegar a Fantasya, que rapidamente se transformou em um grande e populoso reino, os elfos escolheram a paz das florestas, assim também fizeram os Tumahabs, os anões escolheram as minas ao Sul, os gigantes preferiam as montanhas enquanto os humanos se espalhavam em diversos vilarejos, tribos e cidades.

A idade se aproximava e, de bom grado, Legandor aceitaria o abraço da morte que se aproximava veloz, mas antes ele queria garantir o futuro do reino que ele fundara e, além disso, queria garantir que os seus aprendizes-filhos tivessem sabedoria e continuassem o trabalho que ele começara e, portanto, dividiu o reino de Fantasya em nove reinos menores, entregando cada um desses novos reinos à custódia de um de seus aprendizes-filhos que aceitaram o legado que lhes foi passado. Avonlea, o filho que liderara os irmãos em muitas guerras governaria a cidade central de Spetre, Shadow governaria Fragha, no extremo noroeste, Neiva seria rainha em Tyber, Warfoe em Kofra, Zox em Uhdar, Rytsdea em Celutra, Louf em Rawzer, Lorfet em Koga e Gruko em Dromeda. A hora de se despedir daquele que fora como um pai para eles se aproximava, Legandor reuniu os filhos que adotou em seu coração, seu corpo já se desfalecendo e disse:

- Filhos queridos, que eu adotei com todo o meu coração, eu agradeço pela vida maravilhosa que vocês me deram, por terem me feito feliz, por terem me ajudado a construir esse mundo lindo em que vivemos, mundo esse que agora confio a cada um de vocês. – Legandor parecia fraco, estava deitado em uma cama alta, com cortinas ao redor, porém, as cortinas estavam abertas e os filhos se amontoavam ao redor da cama. O quarto do mago era enorme, lamparinas queimavam nas paredes, promovendo luz e calor ao aposento, do outro lado do quarto havia uma enorme lareira de mármore branco, com detalhes prateados, estava desligada, já que estavam no verão e os verões em Fantasya eram bem quentes, quadros feitos à mão pelo próprio Legandor decoravam as paredes do quarto, cenas das batalhas vencidades, de belas paisagens e de terras nunca antes vistas presenteavam a visão dos visitantes, era um quarto muito aconchegante, e eles já haviam se reunido ali por muitas vezes, mas em nenhuma delas, o motivo do encontro fora tão triste – Vocês devem trabalhar arduamente a partir de agora, - prosseguiu ele – para que essa terra viva em paz e para protegê-la dos inimigos que possam surgir quando eu me for. Confio com toda a minha vida em cada um de vocês.

- Não papa... – disse Avonlea – Nós vamos dar um jeito, não vamos deixar que você morra... Deve haver um feitiço, uma poção, alguma coisa.

 - Sim pai. – Concordou Neiva, ajoelhando-se ao lado da cama, uma lágrima escorria pelo seu rosto – Diga o que precisamos fazer e faremos, somos capazes, o senhor sabe disso.

- Eu sei disso – Disse o Mago, sua voz soava calma, porém, emanava uma força como nenhuma outra conhecida poderia fazer. Ele sorria – Mas não há nada o que se fazer para evitar a morte, podemos adiá-la, mas nunca evitá-la completamente... Eu aceito o meu destino, quero que vocês fiquem aqui comigo, temos muito que conversar...

- Conversar?! – Surpreendeu-se Rytsdea com o que o pai dissera – O senhor está muito fraco, não deveria fazer tal esforço...

- Devo sim, minha bela filha – respondeu o mago – Devo prepará-los para o futuro.

Todos se aproximaram da cama, exceto Shadow, que se mantinha à distância, encostado na parede ao lado da porta. Era mesmo um cara muito esquisito aquele Shadow Moon, sempre com uma máscara cobrindo o rosto, os irmãos nunca tinham visto o rosto dele, duvidavam que o próprio pai um dia o tivesse feito. Shadow fora o primeiro a ser recebido por Legandor e, provavelmente, o mais habilidoso entre todos eles. O pai o amava e os irmãos o respeitavam como a um irmão mais velho, embora ele nunca tivesse feito muita questão de ser próximo deles. Rytsdea morria de amores pelo mascarado, sempre correndo atrás dele e fazendo as suas vontades, mesmo que isso implicasse em ficar contra os demais. Eles suspeitavam que eles tivessem um caso em secreto, o que queria dizer que Rytsdea provavelmente já vira Shadow sem a máscara, mas ela negava firmemente que isso já tivesse acontecido ou que eles tivessem um caso.

Perto da cama, a expressão de todos era triste, alguns choravam perante a perda iminente daquele que era mais do que um pai, mais do que um mestre, mais chegado do que qualquer um deles poderia desejar na vida. O fim estava próximo, eles podiam sentir isso.

- Filhos queridos, já não sou mais tão forte quanto era antes... – disse gentilmente o mago- Vocês, ao contrário de mim, estão no auge de suas forças e de seus poderes, me alegro de ver que os treinei e eduquei-os tão bem. Como meu último grande feito, deixo a minha energia dividida para todos vocês, Avonlea, por favor, abra esse baú aqui no pé da cama.

Eles não haviam reparado no enorme baú que estava junto da cama do pai, já estivera ali antes? Estava ali alguns segundos atrás? Não poderiam dizer, viver ao lado de Legandor tinha esse tipo de surpresas, depois de todos esses anos, eles já estavam acostumados com isso. Avonlea, que estava ajoelhado, segurando uma das mãos do mago entre as suas, levantou-se e seguiu vagarosamente para o baú, que era muito bem trabalhado, com detalhes dourados e inscrições antigas – feitiços – pensou Avonlea, enquanto analisava a fechadura simples, que não servia para muita coisa, já que Avonlea tinha certeza que ninguém poderia abrir o baú sem o consentimento de Legandor, reparou nas aberturas para encaixar as mãos e abrir o baú, olhou também as alças laterais, que serviam para carregá-lo, elas eram feitas de uma corda simples, porém resistente. Os irmãos o olhavam, atônitos, curiosos para saber qual era aquele presente que o pai lhes preparara, o último presente, como ele mesmo dissera. Avonlea queria prolongar aquele momento o máximo possível, não queria presente nenhum, queria que o pai vivesse mais, queria aprender mais com ele... Mesmo assim, forçou-se a abrir o baú.

A luz quase o cegou, dentro do baú havia nove diferentes armas, cada uma adaptada ao estilo de luta de cada um deles. O minério utilizado para forjá-las não era nenhum dos que eles conheciam e fazia com que as armas brilhassem com uma luz azulada, que logo preencheu todo o aposento, um sopro de vida encheu a todos, tamanho era o poder empregado naquelas armas, todos olhavam boquiabertos para o trabalho de seu pai. Com um sorriso travesso, Legandor disse:

- Essas armas meus filhos, foram forjadas com um minério muito raro, cuja última fonte existente nesse mundo foi utilizada para confeccionar essas armas, esse minério se chama Morfirionite, é um minério extremamente resistente que só pode ser manipulado por meio de magia e recebe as propriedades de tudo aquilo que entra em contato, venho trabalhando nesse projeto há muitos anos e todo o meu poder foi distribuído nessas armas, pois sabia que um dia seriam vocês que governariam esse mundo. Juntas, essas armas são formidáveis, capazes de vencer até mesmo o mais forte dos inimigos, separadas, são apenas armas mágicas raras, mais fortes que a maioria com certeza, mas não terão todo o potencial para qual eu as criei, ou seja, quanto mais estiverem juntos e governarem em prol dos outros, suas armas terão mais força, a partir do momento que se separarem, elas se enfraquecerão... Vamos, peguem!

Todos seguiram até o baú e retiraram as armas que lhes pertenciam, Avonlea pegou uma enorme espada de duas mãos, seu estilo preferido de arma. Rytsdea pegou um par de luvas, trabalhadas minuciosamente, encrustada de joias e pedras preciosas, Neiva testou a sua lança, Shadow pegou um par de gigantes foices e assim foram os outros. A mesma sensação que inundava o quarto parecia correr pelos corpos deles naquele momento, as armas realmente eram muito poderosas, qualquer um podia sentir isso. Como se ansiasse apenas por aquele momento, Legandor deu um último suspiro, sorriu e deixou Fantasya de uma vez por todas. O pesar tomou conta dos seus filhos, que choraram por muitos dias.

O funeral foi majestoso, seres de todos os recantos de Fantasya vieram prestar suas últimas homenagens ao criador do reino, os elfos saíram das florestas, os anões deixaram suas minas, alguns gigantes amigos desceram as montanhas e crianças chegaram, acompanhadas de seus pais. O discurso principal ficou a cargo de Neiva, que encantou a todos com suas palavras doces e das lembranças que dividiu sobre o pai, os outros filhos fizeram breves pronunciamentos e agradeceram a presença de seus súditos. Após muitas discussões, decidiram que o corpo seria enterrado em Spetre, que era o reino governado por Avonlea e que ficava no centro do continente, o que facilitava o acesso de todos que quisessem prestigiar o funeral, ou, no futuro, visitar o túmulo de Legandor. Uma vez encerrados todos os discursos, chegava o momento do adeus final, o corpo estava em um caixão de cristal, trabalho dos anões, os filhos lançaram feitiços de proteção para que o corpo não se deteriorasse e para que ninguém pudesse violar o túmulo, dentro, Legandor usava vestes brancas, adornadas com runas prateadas e douradas, em sua mão, o seu cajado, com um cristal cinza na ponta estava. Os elfos cantavam uma triste canção, que deixou os olhos de todos marejados pelo pesar e pela saudade que sentiriam do mago. Após alguns segundos que mais pareceram vidas inteiras, o caixão foi depositado no fundo do túmulo e então os filhos se reuniram em volta dele e, em uníssono, cantaram o feitiço que o lacraria.

Os dias após o funeral foram tristes, Avonlea hospedou todos os irmãos em Spetre, preferia que eles ficassem juntos naquele momento de dor, porém, poucos meses depois cada um seguiu para o seu reino, pois tinham muito trabalho para administrar e manter os nove sub-reinos de Fantasya. E assim governaram em paz, por muitos anos, se encontrando periodicamente para compartilharem momentos e fortalecerem as suas armas. A suspeita dos irmãos se tornou verdadeira e logo, Rytsdea se casava com Shadow, uma união feliz, ela parecia completamente apaixonada por ele, ele, por outro lado, continuava calado como sempre, mas todos já haviam se acostumado com o jeito estranho do Shadow, talvez aquela fosse a forma dele demonstrar carinho por eles. Pouco tempo após o casamento receberam outra boa notícia, Rytsdea estava grávida e em breve a pequena Katarina viria ao mundo.

E então veio a guerra...

Shadow foi dominado pelo poder e decidiu rebelar-se contra seus irmãos, ele desceu ao mais profundo que um mago poderia chegar, utilizando-se de magia negra e reunindo-se com terríveis criaturas que outrora ele mesmo ajudará o pai e os irmãos a prender. Ele queria o domínio de Fantasya só para si, para espalhar o terror e escravizar a população, a verdade é que ele também sentia inveja de Avonlea, uma vez que ele gostaria de governar Spetre. Os irmãos não estavam preparados para o ataque, ainda mais, um ataque vindo de dentro e, ainda por estarem separados, um a um eles foram derrotados por Shadow, uma vez que, separadas, as suas armas mágicas não eram capazes de detê-lo.

Avonlea reuniu um exército às pressas, os elfos se juntaram a ele, porém, o exército de Shadow era muito mais numeroso e eles foram emboscados, sofrendo muitas baixas, após várias batalhas, cansado e ferido, Avonlea encontrou o Hall of Despair, um antigo castelo da região, mas Shadow tinha espiões em seu exército e já sabia para onde o irmão marcharia. Quando ele chegou ao castelo, Shadow já o esperava.

- Que bom que decidiu se juntar à festa, irmão... – Avonlea conseguia sentir o sarcasmo na voz daquele que um dia fora seu amigo – Achei que você não conseguiria chegar a tempo, afinal, nós dois sabemos que você é um fraco, nunca entendi porque o nosso pai deixou Spetre no seu comando e não no meu...

- Shadow, veja só o que está fazendo – Avonlea suplicou – Você matou os nossos irmãos.., POR QUE VOCÊ FEZ ISSO? – A raiva brotava dentro dele num turbilhão de emoções que ele não podia controlar, porém, era preciso, ele precisava honrar a memória de seu pai, ele gostaria de dar uma nova chance a ele- Mas ainda há uma chance para você, vamos começar de novo, vamos lutar lado a lado, como nos velhos tempos, vamos aprisionar esses monstros de novo, você não precisa disso...

- Isso que sinto na sua voz é... Medo?!?!?! – Indagou Shadow, ocultando um riso sarcástico – Ora, vejam só o grande Avonlea, clamando por misericórdia, você é patético, irmão! Você vem me oferecer perdão, como se eu precisasse dele, vem me oferecer anistia, como se você fosse capaz de me derrotar, o que você não é – Ao dizer, isso ele sacou as duas foices, o brilho azulado dominando o hall mal iluminado em que se encontravam.

Avonlea sacou a sua espada – Então irmão, eu não vejo como isso pode terminar bem pra você, é uma pena, POR LEGANDOR! – gritou ele, correndo em direção ao irmão. Ele era muito rápido, mas Shadow também era, as lâminas encontrava-se a uma velocidade incrível, espalhando faíscas para todos os lados. Ninguém mais em Fatasya poderia lutar tão bem quanto os dois filhos de Legandor. Avonlea bloqueava os golpes de Shadow e contra atacava sempre que possível, porém, ferido e cansado como estava, não poderia levar o combate por muito mais tempo, girou em torno de si mesmo e murmurou um feitiço, que foi bloqueado pelo irmão, ele nunca fora tão bom quanto Shadow em magia, mas era tudo o que tinha em mãos naquele momento, continuou atacando e lançando os feitiços, sem sucesso, em um momento de descuido, Shadow atacou com as duas foices, numa espécie de tesoura que lançou a espada longe e deixou um profundo corte em seu braço. Avonlea tombou, apoiando-se em um joelho, com uma mão no braço que sangrava muito, enquanto Shadow ria de prazer:

- AHAHAHAHAH... Era só isso que o poderoso Avonlea tinha à oferecer? Não me fez nem cócegas, agora, deixe-me juntar essa sua relíquia com aquelas dos outros fracos dos nossos irmãos – Enquanto dizia isso andava vagarosamente em direção a espada caída de Avonlea – Com todo o poder do nosso pai reunido eu serei invencível e governarei para sempre... Espera, O QUE É ISSO? – A indignação de Shadow parecia fazer as paredes do hall tremerem. Ele voltou e pegou Avonlea pelo colarinho, erguendo-o do chão – ONDE ESTÁ? Vamos, diga-me, onde está a arma que o nosso pai te deu? Eu a quero Avonlea, não esconda de mim...

 Dessa vez, era Avonlea quem ria – Você nunca a terá Shadow, aliás, nunca terá nenhuma das nossas armas...

Não seja tolo – desdenhou – Eu já tenho seis das nove armas, com a da Rytsdea serão sete, vamos, entregue-me a sua e eu te garanto uma morte rápida.

Você não entende, não é mesmo? – Dessa vez, foi Avonlea quem riu – Quando eu saí do acampamento hoje eu sabia que não veria mais a luz do Sol, eu sabia que morreria, mas sabia dos espiões e fiz de tudo para te atrair aqui, nessa armadilha. Enquanto duelávamos, as outras armas foram roubadas e agora, elas já devem estar em segurança em um lugar onde nem você, nem ninguém que não as mereça, poderá encontrá-las. Você pode vencer hoje Shadow, mas vai chegar o dia em que uma nova força surgirá, uma geração que será capaz de reunir o poder do nosso pai e tirar de você esse trono que você tanto deseja. Desista... Acabou!

NÃÃÃÃÃOOOO!!!! – Shadow rugiu, enquanto sacava novamente as foices para acabar com Avonlea. Nesse momento, ouviu um barulho atrás de si.

Rytsdea entrava no hall, com um pequeno embrulho em seu colo. Katarina. A filha que ela tanto desejava. Seus olhos estavam cobertos de lágrimas, ela parecia fraca, porém, decidida – PARE COM ISSO AGORA SHADOW – Ela disse – Eu não deixarei que você dê nem mais um passo adiante.

- Você o que? – Ele disse ironicamente – Não fique no meu caminho Rytsdea, eu não quero lhe fazer mal! – E dizendo isso saltou em Avonlea, pronto para desferir o golpe final, quando se chocou com uma barreira mágica.

- Eu disse que você não daria mais um passo – Rytsdea soava decidida, o bebê dormia pesadamente em seus braços, Shadow era bom em magia, mas ela sempre fora a melhor deles, ele nem a vira murmurar um feitiço e mesmo daquela distância conseguiu conjurar uma barreira em torno de Avonlea, que levantava-se penosamente – É esse o mundo que você quer para a nossa filha, Shadow? – perguntou – Pare com isso agora, pense no nosso pai, ele estaria decepcionado com você!

- E eu? Quantas vezes eu não fiquei decepcionado com ele, por sempre preferir o Avonlea e não a mim? Quantas vezes eu fui colocado de lado? Eu fui o primeiro filho e mesmo assim ele nunca me amou da mesma forma com que amou vocês, eu... Eu sempre fui o diferente, mas não hoje, não... Hoje eu vivo e o Avonlea morre, está decidido!

- Ryt, corra – Avonlea sussurrou, quase sem forças – Salve a Katarina e fuja, eu seguro ele.

Nesse momento a barreira começava a falhar, Rytsdea estava fraca, acabara de dar a luz, em um acampamento, e já estava ali, lutando bravamente. Avonlea percebeu o quanto a irmã era forte, mas nem ela aguentaria muito mais tempo. Shadow percebeu o momento de fraqueza e preparava-se para atacar.

- Isso meu amor, você fez a escolha certa, assista enquanto eu mando o nosso irmãozinho para o lado do nosso pai – E atacou, em um segundo em que várias coisas aconteceram ao mesmo tempo. Rytsdea deixou Katarina em um canto e correu para a luta, colocando-se a frente de Avonlea, tentou conjurar um feitiço que não funcionou, o que lhe custou caro... Lhe custara sua vida.

O corpo sem vida de Rytsdea tombou para o lado, Katarina começou a chorar descontroladamente, como se sentisse que não mais repousaria no colo de sua mãe. O grito animal de Shadow foi ouvido por todo o castelo.

- SUA TOLA – Ele rugiu, enquanto agarrava o corpo sem vida de Rytsdea, Avonlea percebeu que ele chorava – Eu te amava!!! Mas você escolheu um lado, o lado perdedor – virou-se para o irmão – É tudo culpa sua! Você vai pagar pela morte dela!

- VOCÊ A MATOU SHADOW – Gritou Avonlea – Você e a sua ganância a mataram! O sangue dela está em suas mãos e você vai conviver com isso pelo resto dos seus dias... EU NÃO VOU TE PERDOAR!

Avonlea conseguiu recuperar sua espada e marchou pesadamente até onde o irmão estava, aturdido pela perda, por um minuto pareceu que ele conseguiria, porém no último segundo Shadow se virou, com as foices na mão, uma delas atravessando o coração dele, que tombou, sem vida, ao lado da irmã.

Shadow pegou a bebê e saiu daquele lugar, uma chuva gelada caía, quase um lamento por tantas mortes que ocorreram naqueles dias. Ele conseguira, vencera a guerra, conseguira o trono e agora poderia governar toda Fantasya, sua filha seria educada para assumir o seu posto um dia, seria tratada como uma princesa deveria ser, ele faria qualquer coisa por ela, era a única coisa que lhe restava. Contratou as melhores amas de leite do reino e as aias mais competentes para ensinar Katarina a ser uma dama.

A promessa de Avonlea, de que uma força capaz de destrona-lo surgiria um dia o atormentava todas as noites, a busca pelas armas dos irmãos se provou infrutífera, o plano de Avonlea tinha funcionado. Um grupo rebelde, Destinia como se intitulavam, se organizava nas sombras, era questão de tempo até que outra guerra viesse, os homens de Shadow ainda não haviam conseguido se infiltrar nesses rebeldes e ele não tinha ideia de onde eles se escondiam. Ele reinava absoluto sobre Fantasya, oprimindo as pessoas que se opunham a ele, reunindo uma corja de interesseiros e mal caráteres ao redor de si. Ele estava disposto a fazer de tudo para recuperar aquelas armas dos irmãos, essa seria a melhor forma, ou melhor, a única forma de consolidar de uma vez por todas o seu poder...

3 comentários:

  1. Cara,ficou muito bom!
    Gostei desse formato pra história do FD XD

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    Respostas
    1. Que bom que gostou Mateus!

      Porque com certeza vou precisar da sua ajuda, vc é muito criativo, hahaha!

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